No grupo que administro junto com dois amigos foi inserido um anúncio sobre uma posição em uma rede de supermercados. O irmão de uma grande amiga se candidatou e foi contatado para uma entrevista, inicialmente remota. O Carlos (nome fictício) foi entrevistado no horário agendado e o comportamento da entrevistadora não foi gentil, com muitas perguntas acompanhadas de sorrisos fora do contexto, e questionamentos desnecessários acerca do se quadro mental. O Carlos hoje tem 50 anos, está bem de saúde, lida bem com o seu problema, tem nível superior e não se incomoda em atuar em áreas que não exigem formação superior, quer tão somente ocupar produtivamente seu tempo. Ao contatá-lo, Ele comentou que não quis comparecer na entrevista presencial, pois estava bastante chateado com a humilhação que acabava de presenciar.
Não é compreensível que em nossos dias ainda o preconceito exista com pessoas que deveriam ser tratadas com dignidade, respeito, paciência, carinho, além de serem acolhidas e acompanhadas caso sejam contratadas para que se desenvolvam profissionalmente e felizes possam contribuir com a empresa contratante. Profissionais da área de Recrutamento e Seleção devem se preparar para entrevistar pessoas e principalmente PCD, deixando de lado preconceito, arrogância, prepotência e outros adjetivos que não nos cabe destacar. Quando a empresa decide contratar PCD é elogiável, porém é necessário que estejam preparados e reúnam todas as competências para que a qualidade de vida, a solidariedade, fraternidade, o humanismo, a educação aconteçam em todas as fases do processo de contratação e de atuação do profissional.
Este é um desabafo, SIM, pois acompanhei de perto esta situação e, espero que o Carlos rapidamente encontre uma oportunidade no mercado e, FELIZ e não TRISTE desenvolva-se recebendo muito carinho de todos, pois merece muito.
Pedro Morbach é Head e Job Hunter, Diretor da Pedro Morbach Treinamento e Eventos, Palestrante Motivacional e colunista do Gente Mais Portal.
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